O desfecho de Dias de Um Futuro Esquecido deu à Fox a desculpa perfeita para explorar o universo dos X-Men além da franquia iniciada por Bryan Singer: o filme estabeleceu que existem diversas linhas temporais e realidades prontas para serem transformadas em dinheiro. Deadpool foi o primeiro passo e agora a estratégia segue para a TV com Legion e The Gifted.
Pelas mãos de Noah Hawley (Fargo), a primeira temporada de Legion foi a prova de que o universo dos super-heróis pode servir de base para uma série criativa e de alto valor artístico. Já The Gifted é a tentativa da Fox de explorar a franquia dos mutantes por um olhar mais convencional dentro da TV. Os 15 minutos iniciais apresentados na San Diego Comic-Con mostraram um programa focado nas relações familiares de indivíduos com o gene-X em um universo em que pessoas com poderes são consideradas ameaças.
Com direção de Singer, a estética do piloto segue o padrão do cinema - com suas devidas proporções televisivas. A série começa com Blink (Jamie Chung) em fuga, sendo perseguida pela polícia, e outros mutantes em busca da mutante: Pássaro Trovejante (Blair Redford), Polaris (Eva Dumont) e Eclipse (Sean Teale). Todos fazem demonstrações dos seus poderes, com bons efeitos visuais, o que deve ser um dos grandes atrativos da série.
O outro núcleo da série também é apresentado, com Reed (Stephen Moyer) e Kate Stewart (Amy Acker) aparecendo em uma reunião com o diretor da escola para falar sobre o bullying sofrido pelo filho, Andy (Percy Hynes White). Ao escapar para uma festa com a irmã Laura (Natalie Alyn Lind), o garoto é atacado e manifesta seus poderes telecinéticos pela primeira vez. É quando Laura também revela ter poderes, como a capacidade de criar escudos de energia.
A grande reviravolta é que o pai, Reed, trabalha para o braço do governo que apreende os mutantes. Para salvar os filhos ele precisará contar com a ajuda dos mutantes fugitivos liderados por Eclipse.
É estabelecido que nesse universo os X-Men não existem mais, tendo desaparecido sem deixar explicações. Segundo os produtores, esse será um dos mistérios a serem explorados pela série, que focará também no treinamento dos jovens mutantes para o usos dos seus poderes e mostrará elementos clássicos como os Sentinelas ainda em fase de gestação (ou seja, nada de robôs gigantes por enquanto).
A produtora Lauren Shuler Donner foi categórica ao dizer que não haverá crossovers entre as séries e os filmes dos X-Men. Cada título terá seu próprio universo, o que garante a liberdade para cada um criar a sua própria realidade. Pelos 15 minutos apresentados, essa distância deve dar à série o espaço necessário para criar uma interessante versão para o universo, misturando elementos conhecidos com novidades.
A ideia é fazer uma versão mais pé no chão dos mutantes e trabalhar pesado em temas intrínsecos à franquia como diversidade e preconceito. Há um futuro interessante para os mutantes na TV se The Gifted cumprir com todas as suas promessas. É esperar para ver em 2 de outubro, quando a série estreia nos EUA.
The Gifted estreia em 2 de outubro nos Estados Unidos.
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