Ed Skrein em cena de Rebel Moon (Reprodução)

Créditos da imagem: Ed Skrein em cena de Rebel Moon (Reprodução)

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Entrevista

Vilões de Rebel Moon se inspiraram em Hitler e Putin: “Não é só ficção”

Ed Skrein e Fra Fee destrincham inspirações para o Imperium em entrevista ao Omelete

Omelete
3 min de leitura
20.04.2024, às 06H00.

Que o Imperium de Rebel Moon traz referências dos muitos governos autoritários que já vimos em filmes de ficção científica no passado, não é nenhum segredo - mas, ao menos para os atores Ed Skrein (Almirante Noble) e Fra Fee (Regente Balisarius), as inspirações para criar os vilões da saga de Zack Snyder para a Netflix foram muito mais reais do que ficcionais.

Peguei algumas referências de figuras históricas, tanto do passado quanto do presente. Balisarius é um pouco como Adolf Hitler, ou Vladimir Putin”, comentou Fee ao Omelete. “Esse tipo de déspota… eles existem no nosso mundo. É fácil emprestar coisas deles quando você está interpretando um ditador”.

Reconhecendo que grandes vilões da cultura pop, como Darth Vader (Star Wars) e Agente Smith (Matrix), são inspirações inevitáveis (“Todos nós amamos cinema, e temos assistido filmes desde a infância, então é claro que digerimos e somos informados pelos arquétipos vilanescos que vimos”, apontou Fee), os atores de debruçaram sobre outras figuras para vender a crueldade do Imperium.

Amon Goeth foi uma grande influência histórica para mim”, disse Skrein, se referindo ao oficial nazista interpretado por Ralph Fiennes em A Lista de Schindler. “Na vida real, ele foi um atleta que não tinha nenhum histórico de violência ou preconceito antes de ser recrutado pelo governo nazista. Mas, quanto mais poder ele acumulava, mais perturbador se tornavam os atos dele - é como se o poder tivesse destrancado algo dentro daquele homem”.

Os nazistas o mandavam para campos de concentração longe das grandes cidades, como se quisessem escondê-lo, mas ao mesmo tempo dar a ele a liberdade para fazer o que quisesse”, continuou Skrein. “É assim com Noble também, ele é mandado para longe do Senado, para o que chama de ‘periferia da galáxia’. Ele é como um filho bastardo, um causador de problemas, alguém que o governo manda embora para longe do público”.

Em termos de vilões ficcionais, enquanto isso, Skrein citou o Stansfield de Gary Oldman em O Profissional (1994), e o Coronel Kurtz de Marlon Brando em Apocalypse Now (1979) - o que não deixa de mostrar a evolução de Noble do primeiro para o segundo filme: No início, a arma dele era sua língua afiada, mas o tempo de jogar conversa fora acabou. No segundo longa, não vai ficar fazendo um grande discurso - ele só vai estraçalhar sua cabeça.

Rebel Moon: Parte 2 - A Marcadora de Cicatrizes, assim como o primeiro capítulo da saga, já está disponível para streaming na Netflix.

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