CEOs não costumam ser completamente cândidos na hora de uma autocrítica sobre suas empresas. Em uma extensa entrevista à publicação japonesa Toyo Keizai (via NEOGaf), no entanto, foi exatamente isso que Haruhiro Tsujimoto, CEO da Capcom, fez sobre sua companhia em um balanço pós-fechamento de ano fiscal.

Na entrevista, Tsujimoto reconhece que, mesmo tendo agradado usuários, os títulos Resident Evil 7 e Monster Hunter XX apresentaram desempenho abaixo do esperado pela Capcom – em parte, por responsabilidade da própria empresa.

No caso do título de terror, Tsujimoto explica que a empresa foi muito “cautelosa” na distribuição de unidades de RE7 para lojas, o que atrasou o crescimento de vendas do título no início. Já para Monster Hunter, o executivo atribui a performance fraca aos problemas técnicos com downloads na versão digital do título, o que desestimulou muitos a comprá-lo.

Sobre o lançamento de títulos da Capcom para o Nintendo Switch, Tsujimoto afirmou que a empresa espera ainda os resultados de Ultra Street Fighter II – que chega nesta sexta ao Japão – antes de avaliar como suportará a plataforma no futuro. O executivo, no entanto, se mostra empolgado com o novo sistema da Nintendo, principalmente pelo seu potencial de atrair um público que não estava interessado em um console anteriormente – e cita a própria filha pequena como exemplo do fenômeno.

Aproveitando o retorno recém-anunciado de Marvel vs Capcom Infinite, Tsujimoto disse ainda que a Capcom tem planos de “ressuscitar” uma de suas antigas propriedade, mas enfrenta alguns desafios para colocar o plano em prática.

Um dos desafios é a falta de “pessoas” para isso, já que a evolução rápida de tecnologias tem exigido cada vez mais pessoas envolvidas na criação de um game. Além disso, a Capcom já estaria envolvida demais em novas franquias, o que deixa menos tempo para trazer antigos títulos de volta.

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