Desde o fim do ano passado, Rise of the Tomb Raider esteve associado ao Xbox por conta de sua exclusividade temporária com a Microsoft, mas as origens da franquia remetem à geração do primeiro PlayStation, quando a exploradora Lara Croft fez sua estreia nos games. É olhando para este período que a Crystal Dynamics lança “Blood Ties”, DLC que marca a chegada do jogo mais recente da personagem ao PlayStation 4.

A nova expansão de história, que chega em 11 de outubro para o console da Sony e também para o Xbox One e o PC (o Xbox 360 não receberá a novidade), aborda um cenário bem conhecido dos fãs de longa data da franquia: a mansão Croft, a clássica fase de treinamento onde o jogador podia aprender a saltar e atirar com Lara nos primeiros games. O Omelete teve a oportunidade de jogá-la durante uma visita à sede da Square Enix nos Estados Unidos, na semana passada.

Como tem sido de praxe com as aventuras de Lara desde seu reboot em 2013, a Crystal Dynamics dá um contexto mais dramático à introdução deste conhecido ambiente. A propriedade da mansão Croft é contestada pelo tio materno de Lara, Atlas DeMornay, representante legal da família após a morte do pai e o desaparecimento da mãe. A heroína precisa retornar à mansão para encontrar possíveis pistas que possam reverter este quadro legal. No PS4, este pedaço também pode ser jogado em realidade virtual - leia impressões de como foi a experiência.

A mansão, velha e acabada, não oferece muitos desafios no que diz respeito a exploração e movimentação, ao menos em suas partes iniciais. Ainda que seja necessário buscar caminhos secretos para chegar a salas trancadas, nada exige muita ação. Aqui, a pegada é ficar atento aos itens espalhados pelo cenário para descobrir mais sobre a infância da heroína e saber como seus pais se conheceram.

Algumas referências espalhadas pelo cenário vão arrancar um sorriso de quem jogou os primeiros games da franquia. Na biblioteca, por exemplo, há um gramofone que toca a mesma sinfonia da mansão de Tomb Raider 2 (1997). Entre os documentos que mostram um pouco mais sobre o passado de Lara, há até uma carta na qual Winston reclama do dia em que ela o trancou em um refrigerador (quem jogou TR2 sabe do que se trata). “E há ainda mais coisas escondidas”, promete Noah Hughes, diretor criativo da franquia na Crystal Dynamics.

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Tomb Raider com zumbis

Mas isso não significa que a mansão não seja palco para sequências de ação. O local é palco para o Nightmare Mode, uma partida em “modo zumbi”, no qual Lara precisa defender-se de hordas de mortos-vivos. O contexto, mais uma vez, é tudo: perturbada pela possibilidade de perder a propriedade da mansão, a personagem começa a ter pesadelos no qual é caçada pelo seu tio, que assume formas malignas.

Nightmare se comporta como a maioria dos modos zumbi, com armas como espingardas ou fuzis espalhadas por diversas partes do cenário e hordas sucessivas de mortos-vivos, sempre em dificuldade crescente: volta e meia, aparecem inimigos com capacetes, escudos, ou carregando explosivos. É necessário destruir três caveiras, escondidas nas salas da mansão, para enfrenar um chefe.

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Observando por alto - e principalmente pela ambientação elaborada - o modo pode parecer bobo, mas é uma experiência bastante desafiadora, principalmente quando você se aproxima do chefe. A movimentação mais cadenciada de Lara e o cenário, no qual é fácil ficar encurralado, deixam a experiência de sobreviver com a heroína muito tensa. Na sessão de testes, este foi tranquilamente o modo que mais me deu trabalho.

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Exploração cooperativa

Os novos conteúdos de Rise of the Tomb Raider incluem o retorno do ótimo modo Endurance, mas com uma novidade: a adição de gameplay cooperativo. O andamento das partidas ainda é o mesmo de sua versão single-player: busque comida, aqueça-se, ache artefatos, defenda-se de inimgos, escape da área sem morrer. A diferença, claro, é a chance de fazer tudo isso com um amigo.

O modo por si só é propício para ótimas partidas a serem jogadas com um amigo, pois é fundamental comunicar-se constantemente para encontrar recursos e achar o caminho certo para os artefatos. E, embora ter o auxílio de alguém seja bom, as mãos extras não facilitam o modo, que conta com a imprevisibilidade de mapas gerados proceduralmente e a certeza de uma dificuldade progressiva com o decorrer da partida.