As filas são uma tradição da San Diego Comic-Con, mas esse ano o esforço do público acabou prejudicado pela falta de fiscalização. Na sexta-feira (21), fãs que passaram mais de 30 horas esperando acabaram sem a pulseira que garantiria a entrada no Hall H no dia seguinte, o mais concorrido da feira com painéis da Warner, Stranger Things e Marvel Studios. Já no sábado (22_, mesmo quem tinha garantido a pulseira no dia anterior ficou de fora, pois o Hall H estava lotado, com todos os seus 6.500 preenchidos.
A organização da SDCC diz ainda estar averiguando o que aconteceu, mas especula-se que um lote das pulseiras usadas para controlar a entrada no auditório pode ter sido falsificado, resultando em mais pessoas do que assentos disponíveis no dia do painel. Outra possibilidade é que alguns estúdios podem ter distribuído mais passes para convidados do que tinham direito, tirando o lugar de quem ficou na fila.
Para controlar a situação, Eddie Ibrahim, diretor de programação da SDCC, foi até o público para admitir o erro e garantir que todos que tinham pulseira, mas não entraram no painel, recebessem ingressos para os quatro dias da edição 2018 da San Diego Comic-Con.
Vid from my sis @kellylynn_esq of VP Eddie Ibrahim promising Hall H line wristbands free 4 day passes for SDCC2018 @SD_Comic_Con @HallHLine pic.twitter.com/8NBzBNXM12
— Carrie Anne Hudson🦇 (@carriehudson) 22 de julho de 2017
O problema é que, além das possíveis falsificações, a organização da SDCC 2017 não fiscalizou a fila que começou a se formar na quinta-feira (20). Oficialmente, a feira desencoraja a “espera antecipada” e proíbe o uso de barracas e outros acessórios de acampamento (são permitidos apenas itens individuais como cadeiras e sacos de dormir). A realidade na marina de San Diego é outra. Uma cadeira se transforma em uma tenda e o lugar guardado por um vira uma reunião de 15 pessoas ao longo do dia. Quando chega a hora da distribuição das pulseiras, quem ficou para trás acaba prejudicando por quem furou a fila lá na frente.
A solução para o próximo ano pode ser iniciar um sistema de loteria, em um esquema similar ao das compras de ingresso para jogos da copa do mundo. Pode ser o fim de uma tradição, mas também de muita dor de cabeça.
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