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Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas | Filme da diretora da Cazuza é selecionado para festival de documentários

Produção discute assédio e outras formas de agressão à mulher

19.04.2017, às 10H26.
Atualizada em 19.04.2017, ÀS 11H00

Assunto da maior urgência e de alarmante recorrência no país na atualidade, a violência contra a mulher, em suas mais variadas formas, promete fazer ferver o maior festival de documentários da América Latina, o É Tudo Verdade - que começa nesta quarta-feira (19) e segue até o dia 30 de abril no Rio de Janeiro e em São Paulo –, com a projeção de Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas em sua competição nacional. Dirigido por Sandra Werneck (de sucessos de público e crítica como Cazuza - O Tempo Não Para Pequeno Dicionário Amoroso), o filme dá vez - e voz – aos protestos contra o machismo, reunindo depoimentos de quem foi assediada, agredida ou maculada de qualquer maneira pelos abusos contra a representação do feminino.     

É correto definir este filme como feminista e ele conta com depoimentos de mulheres que sofreram muito, falando de assédio,estupro,violência doméstica e feminicídio”, diz Werneck. “O que costura o filme são as vozes das mulheres que durante o ano passado todo fizeram passeatas em vários estados do Brasil, contra a violência e o estupro”.

Na tela, ouvimos depoentes como a farmacêutica Maria da Penha – que empresta o nome à lei de 2006 que criminaliza a violência contra a mulher –; a nadadora Joanna Maranhão, que deu nome à Lei de 2012 que mudou o prazo de prescrição nos crimes contra dignidade sexual praticados contra crianças e adolescentes; a modelo e atriz Luíza Brunet e a escritora Clara Averbuck. O longa-metragem será exibido pelo É Tudo Verdade nos dias 25 e 26 de abril, no Espaço Itaú de Cinema, no RJ, e nos dias 26 e 29 de abril, no CineArte, em SP, tendo já uma exibição marcada na TV: ele estreia no canal Curta! no dia 5 de maio, às 22h.

O documentário para mim representa o lugar da emoção genuína. É sempre um aprendizado, o inesperado, o que me ajuda muito quando dirijo atores”, diz a cineasta, que, há 11 anos, abriu o festival com Meninas. “O documentário é também um espaço para as minhas reflexões sociais”.

Concorrem em Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas no É Tudo Verdade os filmes Tudo é Irrelevante - Helio Jaguaribe, de Izabel Jaguaribe e Ernesto BaldanA Terceira Margem, de Fabian RemyQuem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge FurtadoMaria - Não Esqueça que Eu Venho dos Trópicos, de Francisco C. MartinsCidades Fantasmas, de Tyrell Spencer; e Em um Mundo Interior, de Flavio Frederico e Mariana Pamplona.

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